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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ISO 26000: momento é de estabelecer consensos


O segundo e último dia do Seminário ISO 26000 – A Norma Internacional de Responsabilidade Social, realizado, em São Paulo, propôs pequenos ajustes no texto, que já conta com mais de 120 itens, a fim de chegar à reta final para aprovação em 2010


Após dois dias de discussões e de divulgação do conteúdo do que deverá ser o primeiro documento internacional com orientações sobre a responsabilidade social – a ISO 26000, delegação brasileira e representantes de stakeholders propõem algumas adequações ao documento, que já contabiliza mais de 120 itens. Entre as propostas, está a inserção de temas, como educação ambiental, além de pontos polêmicos, como o alerta sobre os cuidados quanto ao marketing dirigido ao público infantil. A meta é organizar o material e apresentar à comissão internacional, para que em maio, sejam estabelecidas as adequações do texto final e sua futura aprovação. A ISO 26000, por ser uma norma não-certificadora, terá o papel de uma cartilha internacional de orientação de boas práticas, integrante da ISO - Organização Internacional de Normalização, entidade não-governamental, criada em 1946. Teve seu processo iniciado em 2002. No Brasil, é coordenada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. “A reta final ocorrerá em Copenhague, na Dinamarca e deverá reunir comentários aprovados consensualmente, provenientes de todas as delegações participantes. Depois da produção da nova versão, num prazo estimado de três meses, ocorrerá a votação”, explica o delegado brasileiro, representante das entidades da classe trabalhadora, Clóvis Scherer. Além deste segmento, são representadas as áreas de governo, do consumidor, da indústria, de ONGs - Organizações Não-Governamentais e da categoria outros (SSRO - Serviços, Pesquisas, Consultoria e outros, da ISO 26000).

FOCO AMBIENTAL
A inserção explícita da Educação Ambiental (EA) na norma é uma das principais propostas apresentadas, durante o seminário. De acordo com a bióloga e educadora ambiental, Elaine Moscoso, do Comitê-Espelho do grupo de SSRO, já havia sido proposta pela comissão-espelho brasileira e aceita pela delegação do país, em março deste ano. “Mas sofreu o veto, durante a votação internacional. Então, a delegação brasileira definiu, que em maio do ano que vem, durante a nova rodada para a votação da norma, apresentará novamente a menção do item no documento. Terá como fundamento principal o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”, explica. Mais um argumento utilizado durante as discussões de ontem, é que a EA seja um princípio de indução para promover a qualidade de vida, segundo os critérios da OMS – Organização Mundial de Saúde, de acordo Andréa Santini Henriques, delegada representante da área governamental. Segundo a bióloga Elaine Moscoso, a norma técnica brasileira 16000, que trata de responsabilidade social corporativa, também será revista com base na ISO 26000, como também novas normas nacionais e políticas públicas.


Conteudo publicado originalmente: http://www.planetasustentavel.com.br/)

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