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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Linha branca mais verde

Manter a redução do IPI apenas para os eletrodomésticos que consomem menos energia é uma medida eficaz

O governo federal decidiu prorrogar a redução do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para eletrodomésticos da chamada linha branca pelos próximos três meses. A iniciativa trouxe mudanças. De novembro até o fim de janeiro, quando expira o novo prazo, a alíquota estará condicionada ao consumo de energia do produto. Quanto mais eficiente ele for, menor o imposto pago. A justificativa para o adiamento, que custará aos cofres públicos estimados 132 milhões de reais em isenções, foi manter aquecidas as vendas do fim do ano e, assim, incentivar a criação de empregos. Além disso, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida foi pensada para incentivar a economia de energia e colaborar na preservação ambiental. Num único lance, o governo procurou atender às reivindicações dos empresários do setor, angariar apoio popular e ainda abrandar a fúria dos ambientalistas desde a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. O anúncio foi bem recebido por comerciantes e fabricantes. "O governo se mostrou sensível ao facilitar a compra de produtos antes considerados de luxo. Toda a cadeia produtiva sai ganhando e novas vagas de trabalho deverão ser abertas", afirmou a VEJA Luiza Trajano, presidente da rede de lojas Magazine Luiza. Produtos com o selo A, os mais eficientes na escala do Inmetro, gastam em média 20% menos energia, no caso, por exemplo, das máquinas de lavar. O problema é que muitas vezes esses eletrodomésticos são mais caros, o que desestimula sua venda. Por isso, na avaliação de Patricio Mendizábal, presidente da fabricante de eletrodomésticos Mabe Mercosul, o estímulo não deveria ser apenas transitório: "Os tributos são muito elevados. Além disso, a indústria não conseguirá substituir, em apenas três meses, toda a sua linha por produtos que sejam ecologicamente corretos". Se for para cobrar menos impostos, que o governo ouça a reivindicação. (Fonte: Revista VEJA - publicado originalmente http://www.planetasustentavel.com.br/)

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