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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Copenhague discute "fundo verde"


Eles sugerem também que pelo menos metade da quantia seja destinada aos países em desenvolvimento para ajudá-los a combater as secas, enchentes e o aumento do nível do mar provocados pelo aquecimento da Terra.

Grã-Bretanha, Austrália, México e Noruega propuseram na quarta-feira princípios norteadores de "fundos verdes", que irão arrecadar e gerir bilhões de dólares para ajudar os países pobres a se adaptarem e combaterem a mudança climática.
"O financiamento terá de ser ampliado significativa e urgentemente, começando rápido e aumentando com o tempo", disseram os q0uatro países num documento conjunto divulgado na cúpula do clima da ONU em Copenhague.


Eles sugerem também que pelo menos metade da quantia seja destinada aos países em desenvolvimento para ajudá-los a combater as secas, enchentes e o aumento do nível do mar provocados pelo aquecimento da Terra. Os quatro países não citaram cifras para os fundos, mas a ONU diz que seriam necessários 10 bilhões de dólares por ano entre 2010 e 2012, aumentando significativamente o valor até 2020. Em longo prazo, o custo anual do combate ao aquecimento global pode custar 300 bilhões de dólares por ano.


"Precisamos de um financiamento de longo prazo previsível", disse a ministra norueguesa Hanne Bjursrom, chefe da delegação do seu país. "Mas este não é um documento que diz que 'se deve fazer assim e assim'". Ela louvou o fato de a proposta ter partido de três países desenvolvidos e de um em desenvolvimento. Discordâncias sobre quem pagará os custos e sobre os cortes nas emissões dos gases-estufa pelos países ricos são os principais entraves à adoção de um novo tratado climático global no evento de Copenhague, que vai até o dia 18.


O documento lembra que o México sugeriu no passado que todos os países contribuíssem com o fundo. Menciona também que a Noruega propunha leilões de quotas de carbono para arrecadar dinheiro a ser usado pelos países pobres. Os quatro países afirmaram ainda que há um "consenso emergente" de que os futuros fundos devem ser supervisionados por um conselho de alto nível, em que haja representação igual de países ricos e pobres. Os países em desenvolvimento acusam os ricos de tentarem impor condições demais à verbas. As nações desenvolvidas argumentam que é preciso fiscalizar adequadamente o destino do dinheiro.


(publicado originalmente http://www.gazetadopovo.com.br/)

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