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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vivo leva pessoas com deficiência visual para assistir peça no Festival de Curitiba



Convidados de três instituições paranaenses tiveram acesso a sessões da peça Farsa da Boa Preguiça com o recurso de audiodescrição

No último final de semana do Festival de Curitiba, mais de 50 pessoas com deficiência visual do Instituto Paranaense de Cegos, da Associação dos Deficientes Visuais do Paraná, da Secretaria Estadual de Educação - Setor Educação Especial e do UNILEHU - Universidade Livre para Eficiência Humana, foram convidadas pela operadora Vivo para assistir à peça Farsa da Boa Preguiça, utilizando o recurso de audiodescrição. O recurso consiste na tradução do visual para o verbal e permitiu uma maior compreensão do contexto do espetáculo, apresentado no Teatro Positivo. Para melhorar ainda mais o entendimento, as pessoas com deficiência visual receberam a sinopse da peça em braile e em letra aumentada, para aqueles que sofrem de baixa visão.

Segundo a coordenadora de acessibilidade do programa Vivo EnCena, Lívia Motta, os audiodescritores realizam uma descrição objetiva das imagens que, paralelamente e em conjunto com as falas originais do roteiro, constroem a cena na mente das pessoas com deficiência visual. “Os convidados adoraram a peça, embora fosse uma primeira experiência, eles entenderam o contexto do espetáculo e vibraram com as músicas e as sensações transmitidas pelo público presente. “Foi um grande diferencial na rotina deles”, declarou.

O professor do ensino fundamental Luiz Manson, portador de deficiência visual, considerou a iniciativa muito relevante. “Eu compreendi a peça e pude associar os detalhes da descrição”, declarou. “O importante é termos alguns detalhes da cena, como a entrada de fantoches e as mudanças de cenário, para fazer uma perfeita associação com o que está sendo falado”, finaliza.

Logo depois do término da apresentação, Terezinha Aparecida de Lima, 41 anos, elogiava muito o espetáculo. Ela já havia assistido a filmes com o recurso, mas no teatro foi a primeira vez. "No teatro o trabalho do audiodescritor é ainda maior porque os atores às vezes improvisam e o espaçamento das falas podem aumentar ou diminuir. No filme isso não ocorre. Mesmo assim, o trabalho deles foi muito bem feito. Adorei!", comentou.

Para Ênio Rodrigues da Rosa, interventor do Instituto Paranaense de Cegos (IPC), o processo de audiodescrição no Brasil ainda é muito recente, necessitando de outras iniciativas, para ampliar a utilização e o conhecimento deste recurso em mais espetáculos.

Saiba mais:
http://www.centralpress.com.br/

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