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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ecoeficiência: uma forma inteligente de se fazer negócios

Coordenador da Comissão de Estudos de Sustentabilidade para Empresas do IBGC afirma que é possível uma empresa produzir mais, poluir menos e ainda tomar melhores decisões baseadas nos aspectos ambientais.

Mais do que um diferencial para as empresas, a preocupação com o meio ambiente virou uma necessidade. Não é à toa que um dos quatro princípios básicos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é a responsabilidade corporativa que engloba os aspectos sociais e ambientais.

O coordenador da Comissão de Estudos de Sustentabilidade para as Empresas e conselheiro de administração do IBGC, Carlos Eduardo Lessa Brandão, observa que tal preocupação vem aumentando nos últimos cinco anos. Segundo ele, as empresas não devem avaliar só o resultado econômico. “O desenvolvimento sustentável não deve ser encarado como um custo pelas empresas e sim como uma inspiração estratégica para o próprio negócio e para a sociedade”, explica.

O ideal, afirma Brandão, é que os negócios das empresas sejam desenvolvidos levando em conta os impactos sociais e ambientais. Outro aspecto importante é a constante avaliação desses impactos. “Isso aumenta as chances de as empresas se conscientizarem e se tornarem ecoeficientes – produzindo mais, com menos material e gerando menos resíduos. Hoje, há clientes, por exemplo, que querem saber de onde vêm as matérias-primas dos produtos que estão comprando. Se a empresa não estiver respeitando o meio ambiente, corre sério risco de perder contratos.”

De acordo com Brandão, a ação não se restringe às empresas de grande porte e com alto valor de capital. “Uma empresa média ou pequena deve estar atenta à responsabilidade corporativa e, consequentemente, com os aspectos ambientais e sociais dos seus negócios. Se ela fabrica algo, deve conhecer bem seu fornecedor, se ele respeita a legislação e o meio ambiente. Medidas como essa também fazem a diferença”, exemplifica.

Em alguns países da Europa, a indicação desses aspectos ambientais é obrigatória e reportada em relatórios não-financeiros, como é o caso da GRI, que provê diretrizes para esse tipo de relatório. Alguns investidores participam da iniciativa Carbon Disclosure Project (CDP), que identifica o impacto em termos de carbono das atividades das empresas investidas.

Organizações com tendência a estarem mais atentas à economia de recursos naturais observam como retorno inúmeros benefícios tangíveis e intangíveis, de curto a longo prazo, além de consolidarem boa reputação e credibilidade, aponta Brandão. “Empresas com boas iniciativas ambientais acabam estimulando outras instituições, fornecedores e clientes, a desenvolverem esse mesmo tipo de ação.”

O caminho para a prática, em termos de Governança Corporativa, está sob a responsabilidade do conselho de administração, que deve estabelecer uma aproximação entre a responsabilidade corporativa e a estratégia dos negócios. “É papel dos conselheiros considerarem os aspectos ambientais na estratégia e cobrarem da diretoria o que está sendo feito com relação a isso”, conclui.



Sobre o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa é a principal referência do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas em Governança Corporativa. Com mais de 1.500 associados, o IBGC é uma entidade sem fins lucrativos de atuação nacional. Promove palestras, fórum de debates e acadêmicos, conferências, treinamentos e networking entre profissionais, além de produzir publicações e materiais. As atividades têm por objetivo disseminar o conceito de Governança e incentivar o melhor desempenho das organizações. O IBGC contribui assim para o desempenho sustentável das organizações e influencia os agentes da sociedade no sentido de mais transparência, justiça e responsabilidade.

Para mais informações, consulte o site http://www.ibgc.org.br/.
Fonte: Vanessa Yumi Hirata(http://www.pg1com.com/)

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