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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Abrindo o silêncio para o mundo

Inclusão social dos surdos é meta da parceria do Instituto Seli e Grupo Uninter

Formação e educação são bases para o desenvolvimento de qualquer ser humano. Por isso são tão importantes e valorizadas no mundo atual, que requer de cada indivíduo uma capacidade de interação e atuação independentes e certeiras.

Visualizando essas necessidades na sociedade atual, o Instituto SELI (Surdez Educação Linguagem e Inclusão) se organizou-se para dar aos surdos a oportunidade de atuação na sociedade em geral de igual para igual com pessoas que não tem o silêncio como parceiro diário. “O objetivo do instituto é formar e educar cidadãos surdos com consciência e capacidade de atuação na sociedade, permitindo que tenham liberdade de expressão e exerçam sua individualidade”, afirma Márcia Miola, diretora do Instituto SELI.

O Instituto SELI começou suas atividades em 2002, quando abriu as portas de sua escola para atender alunos surdos no período escolar da Educação Infantil e na primeira fase do Ensino Fundamental. Com a atuação diária, o instituto foi percebendo novas necessidades do universo dos surdos, ampliando, assim, sua atuação. Hoje, o instituto atua em cinco diferentes frentes: colégio, cursos, capacitação, clínica e cultura surda. O trabalho visa à inclusão da pessoa surda desde o momento do seu diagnóstico até sua atuação no mercado de trabalho. "O acompanhamento inclui desde a formação escolar, com enfoque bilíngue, passando pela capacitação técnica, graduação, pós-graduação e encaminhamento profissional. Além do trabalho com a pessoa surda, é feito também um trabalho com as famílias, para que vivenciem junto à trajetória”, explica Márcia.

Além do trabalho com os surdos, o instituto trabalha na divulgação da cultura surda em diversos eventos e mantém um centro de formação para quem vai trabalhar com a comunidade de surdos. “O Instituto SELI preocupa-se em formar profissionais que vão atuar com essas pessoas. O instituto trabalha na formação de professores de alunos surdos, de intérpretes de LIBRAS e de pessoas interessadas em conhecer a cultura surda”, afirma Márcia. O Instituto oferece aos profissionais que atuam com a comunidade surda cursos de pós-graduação com foco específico, como “Libras e educação dos surdos”, “Agente Bicultural: Docente e Intérprete” e “Tecnologias Assistivas na Educação Inclusiva”, chancelados pelo IBPEX. “Os mesmos cursos são ofertados em outras regiões, sendovisto que na cidade de Belo Horizonte temos uma turma com 15 alunos surdos, sendo um deles cego e surdo”, afirma Ana Carolina Castelli da Silva, coordenadora de pós- graduação da área de Ciências Humanas e Educação do IBPEX, empresa do Grupo Uninter de Curitiba, parceira do Instituto SELI em São Paulo.

"A atuação do Instituto repercute socialmente além das paredes de seu prédio”, garante Ana Carolina. Isso porque o instituto trabalha além da formação de pessoas surdas qualificadas e com identidade bem resolvidas, mas também ajudam empresários a ter retorno positivo no investimento em políticas de cotas, ajuda famílias a visualizar e reconhecer a autonomia da pessoa surda na família, criando assim uma dinâmica familiar equilibrada. Ainda nesse sentido, o instituto tem um papel social importante, pois ajuda a sociedade a adotar posturas éticas perante a surdez, pois capacita o surdo para exercer sua cidadania de forma madura, conscientes de seus direitos e deveres sociais. “Aquilo que antes era visto como 'incapacidade', passou a ser percebido como diferença a ser aceita, com as devidas adaptações necessárias a cada pessoa. E isso to é inclusão social. Cada vez que faço uma visita ao Instituto fico mais apaixonada e encantada com o trabalho desenvolvido”, comenta Ana Carolina.



Parceria Seli-Uninter

A parceria estabelecida entre o Instituto SELI e Uninter procura levar a sério o termo “parceria”, pois pressupõe que ambas as partes trabalhem em conjunto, levem em considerem ação os objetivos de ambas as partes e obtenham com isso resultados melhores e mais efetivos do que se trabalhassem individualmente. “Foi através dessa união que se tornou -se possível oferecer cursos específicos para capacitação para o trabalho com a comunidade surda”, explica Ana Carolina. Hoje, através desse trabalho, já são vários os grupos de pós-graduação e grupos de formação de professores e intérpretes para surdos em atividade. O próximo passo é a implantação dos cursos EAD (ensino àa distância), que vai permitir a ampliação do trabalho de capacitação profissional.



** Texto divulgado originalmente na edição 25 da Revista Geração Sustentável - jornalista Lyane Martinelli.

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Veja os conteúdos dessa edição:

Matérias:
Capa: Saiba como andam as práticas de sustentabilidade dos bancos brasileiros
Entrevista com Manfred Alfonso Dasenbrock - Sicredi PR
Desenvolvimento Local: Iniciativa sustentável inova modelo de entregas
Responsabilidade Social: Sustentabilidade - da teoria à prática
Gestão de Resíduos: Iniciativas privadas buscam educar a sociedade a reduzir, reutilizar e a reciclar lixo

Artigos:
Ivan Dutra - Da Tunísia a Wall Street
Jeronimo Mendes - O encanto permance, mais o gosto muda
Yuri Beltramin - Como estamos construíndo nosso mundo sustentável?

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