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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Entrevista Edição 37_ Adonai Arruda um empreendedor de sucesso.




Adonai Aires de Arruda é presidente das empresas Higi Serv Holding S/A, Serra Verde Express e Usipar - Usinas de Recicláveis Sólidos do Paraná. Está à frente do SEAC-PR, Sindicato Patronal das Empresas de Asseio e Conservação e da FACOP – Fundação do Asseio e Conservação do Paraná. É conselheiro do SESC/SENAC Nacional e membro do WTC (Word Trade Center). Nesta edição, com apoio da Mapa Comunicação, ele fala com exclusividade sobre seus negócios em diferentes setores e como tem desenvolvido uma gestão sustentável em seus empreendimentos.

O senhor é considerado um empresário de sucesso e possui os seus negócios em diversos setores. Como o senhor desenvolveu essa visão sistêmica de enxergar oportunidades em atividades tão diferentes?
Excetuando a Usina, todas as outras atividades de uma forma ou outra estão relacionadas ao setor de serviços. Podemos dizer que as oportunidades surgem pelo caminho, são analisadas e por meio do feeling e da experiência de vida muitas das decisões são tomadas. Isso tudo procurando, basicamente, distinguir entre o que é sonho e o que possa ser realidade.

O que o motivou em desenvolver empreendimentos em setores como o de turismo, de serviços e de gestão de resíduos?
O turismo surgiu da possibilidade de prestar serviços que estávamos acostumados por meio de uma operação consorciada. Com a evolução dos negócios, a paixão pelos trens e pelo turismo foi se intensificando e, analisando as perspectivas futuras, absorvemos os demais componentes do consórcio e passamos a atuar somente com nosso Grupo Empresarial.

A gestão de resíduos veio de conversas com nossos sócios nesse empreendimento decorrentes da presença sempre constante de um assunto ainda novo, com necessidade de desenvolvimento e empreendedorismo.

Como iniciou a SERRA VERDE? Como é atuar no negócio de turismo ferroviário?Começou com um processo licitatório ocorrido em dezembro de 1996, conforme já informamos, por intermédio de uma ação consorciada e que após
nossa vitória e o andamento da operação optamos por ficar apenas dentro de nosso grupo empresarial.

A atuação no turismo ferroviário é muito difícil, pois temos dificuldades de velocidade na maioria de nossas vias, as quais possuem o foco principal na carga, os equipamentos são antigos e, portanto, carecem de muita especialização, pesquisa e manutenção constantes, além da excessiva burocracia governamental, pois o processo de liquidação da RFFSA provocou várias dificuldades até a definição da devida sucessão, situação que por muitas vezes ainda se encontra indefinida.

Atualmente, o tema sustentabilidade é mencionado em todos os negócios, qual é a sua percepção sobre o turismo sustentável?
O turismo cada vez mais se define como uma das atividades mais importantes do futuro, por tudo que ele gera e envolve, até porque é a atividade que detêm maior número de elos da economia ao seu lado, são 52, e também a que possui o maior número de micro e pequenos empresários envolvidos. Assim sendo, mesmo que a necessidade de grande pulverização conceitual possa trazer dificuldades, quando ela se insere na filosofia do empresário, ela se torna perene. Hoje, em qualquer negócio, o amadorismo não pode mais conviver, e no dia a dia estampam-se em nossos olhos, 24 horas por dia, fenômenos que nos mostram a necessidade de que os novos tempos são construídos por meio da sustentabilidade e responsabilidade com o meio ambiente.

Como demonstrar para o turista (cliente), com agregação de valor ao negócio, essa relação com os aspectos socioambientais e culturais?
O Turismo ferroviário propicia isso com muita facilidade. Ele tem história, geografia, engenharia, meio ambiente, biologia, agricultura, enfim, vários pontos da ciência. A simples viagem é uma lição de vida em todos os sentidos. Uma equipe de Guias Profissionais de primeira linha traduz isso na maioria dos idiomas e propaga essa conscientização.

A empresa HIGISERV atua na área de prestação de serviços e terceirização. Como são elaboradas as políticas de sustentabilidade para o quadro de colaboradores e também junto aos clientes?
Por meio de capacitação, conscientização, pesquisa e qualificação diária.

Quais são os maiores desafios para o setor de terceirização de serviços? Como criar uma cultura de empresa sustentável e reduzir os impactos socioambientais?
Material humano. Somente por meio da educação e da qualificação do material humano.

Outra empresa do grupo é a USIPAR, que atua na gestão de resíduos da construção civil e foi, inclusive, tema de capa da edição 24 da nossa revista. Como o senhor percebeu essa oportunidade de negócio? Como é ser empreendedor no setor de resíduos?
Como citado, diante de legislações em sua maioria com amplas dificuldades de serem cumpridas, incorporando isso ao nosso perfil, podemos, por meio dos negócios, conscientizar a população. Não é fácil, pois tudo aquilo que é novo e principalmente que traz mudança na cultura básica tem seus obstáculos. Mas, no dia a dia, você têm vitórias e essas são de extrema gratificação.

Quais são os produtos gerados pela USIPAR? Como os rejeitos da construção civil são retornam como novos produtos? Como funciona essa logística reversa?

Areia, brita zero, brita 1, rachão e bica corrida. O material é recebido, classificado, britado e automaticamente classificado. Hoje, nossa principal clientela são as construtoras de maior porte que já têm a consciência da logística reserva.

Quais os benefícios e os indicadores que confirmam a USIPAR como uma empresa sustentável?
A proteção ambiental como um todo. A cada dia que passa, os areais estão mais distantes. Isso economiza combustível, polui menos e fornece areia reciclada.

O processo industrial, o trabalho de conscientização, o crescimento diário do número de clientes, o evitar que tais resíduos sejam de maneira inconsciente jogados no meio ambiente de forma inadequada e poluente, a visão do setor público que começa cada vez mais a se abrir, admitir e prestigiar esse tipo de empresa. De pioneiros que fomos, hoje na grande Curitiba já são 6 players, organizando-se inclusive como associação de classe.

Que mensagem final o senhor quer deixar aos leitores da revista Geração Sustentável?
Que exemplos como desta revista que rotineira e fielmente publica matérias, situações, atos e técnicas que buscam a conscientização das comunidades, ajude as pessoas a fazerem um pouquinho mais, não pensando em si mesmas, mas nas próximas gerações, as quais, se não tiverem a formação adequada, certamente viverão num mundo muito mais árido e difícil.


http://issuu.com/revistageracaosustentavel/docs/gs_37_protagonismo_sustentabilidade






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